Em muitas das minhas visitas e treinamento a clientes, tenho ouvido a seguinte frase – .”..Lembra do Power Pivot? A Microsoft tirou ele do Excel e deu outro nome, Power BI…” – Aliás, essa não é uma frase que soa bem aos meus ouvidos, chego a ter uns calafrios (risos). Entretanto, lá no fundo ele tem razão, ou pelo menos parte dela. A Microsoft começou a fazer o uso de tecnologia de dados em memória no SQL Server 2008 R2. Foi quando lançaram o plug-ing, Power Pivot do Excel. Esse plug-in dava suporte a um número superior de linhas no Excel e também a possibilidade de fazer upload dos seus workbooks para o Sharepoint. Acontece que, essa tecnologia era chamada de xVelocity in-memory analysis engine ou Vertipaq, a mesma que é utilizada até hoje em diversos serviços da MS.
Evolução
Entretanto, na versão seguinte no SQL Server 2012, a Microsoft refez o motor Vertipaq. Evoluiu suas funcionalidades e o adicionou como um serviço para ser instalado junto com a ISO do SQL Server. Enfim, esse serviço foi chamado de Analysis Services Tabular Model. Assim como no Excel, com Analysis Services Tabular model, era possível importar dados de diversas fontes, fazer o uso de DAX para criação de campos calculados analíticos, criar relacionamentos entre tabelas e realizar toda a semântica do seu modelo. Bem como, habilitava também a possibilidade de utilizar modelos tabulares, normalizados ou não, e não dependia apenas de modelos multidimensionais como na versão já existente do SSAS.
Saindo do amadorismo
Com a versão seguinte, o SQL Server 2014, a Microsoft fez alguns aprimoramentos nos serviços do SSAS tabular. Algumas funcionalidades que o tornou mais robusto e flexível. Entretanto, em 2015 em conjunto com toda a expectativa que a MS criou para o lançamento da versão do SQL Server 2016, também veio a notícia do lançamento do Power BI. Uma ferramenta totalmente diferente, que habilitava novas funcionalidades, cruzamento de dados com diversas origens. Era possível relacionar dados de um arquivo csv, com dados de uma tabela do SQL Server. Criar campos calculados, relacionamentos entre tabelas e fazer toda a semântica do modelo. Tudo isso seria uma tarefa fácil, com apenas alguns cliques e você teria tudo pronto. Depois de tantos anos, teríamos uma solução corporativa de BI e finalmente fora do Excel.
Inegavelmente, um produto totalmente novo e revolucionário, que atendia ao novo e emergente mercado de Data Discovery, a democratização da informação. Contudo, o que a Microsoft não contou é que, de novidade o Power BI só tinha a cara. O que rodava (roda) por trás, era nada mais e nada menos que uma instância do Analysis Services Tabular Model. Exatamente, se tiver curiosidade, faça o teste. Abra o Power BI e verifique no gerenciador de tarefas na aba de serviços, e você verá uma instância do Analysis Services em execução.
Continuidade do Power BI
Desde então, esses dois serviços vêm sendo um dos principais alvos de investimento da MS. O Power BI possui uma periodicidade de lançamento de features mensais, durante três anos seguidos. Isso possibilita a evolução não somente do próprio Power BI Desktop, já que o SSAS Tabular(Vertipaq) é o principal motor, mas como do Power BI Services, ambiente que hospedas cubos de todos os usuários ao redor do mundo.
Por hoje foi só uma historinha para contextualizar vocês, esse assunto vou dividir em três partes. Na próxima vou falar um pouquinho de como é o funcionamento do Vertipaq Engine.
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